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Eu e tu...e o resto do mundo

Este é um blog nosso, das nossas coisas, da nossa vida e daquilo que nos faz feliz. E claro...do resto do mundo!

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Uma história de amor

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Esta história começou como começam as grandes histórias de amor. Sem estar à espera. Sem contar. Com um sentimento que vai crescendo de dia para dia e sem darmos por isso já planeamos a nossa vida em função desse amor.

Assim foi com ela.

Fomos pela primeira vez ao abrigo da Missão Patas Felizes à espera de poder apadrinhar uma cadela que tinha visto no Facebook, naquelas publicações que constantemente me aparecem, muito mais do que eu gostaria. A nossa pretenção (a minha aliás) seria poder trazer de vez em quando para casa, ajudar com a alimentação e tudo o mais que precisasse, aquela cadela de pêlo castanho, olhar meigo e boca aberta, como se estivesse a sorrir.

Estava combinada a nossa visita, mas a possibilidade de a levarmos para casa estava fora de questão, disseram-nos posteriormente as responsávies, porque para além do coração da Carmen já ter dona (uma voluntária que posteriormente a adoptou), sofria de epilepsía, o que fazia com que necessitasse regularmente de medicação.

Além do mais, como é óbvio, não era de todo costume entregarem bichos a quem não conheciam de lado nenhum.

Acho que pelo meu ar de decepção, por perceberem que adoro bichos e por terem bastantes a necessitarem de afetos, trouxeram-nos duas cadelas para passear que se poderiam enquadrar nas nossas pretenções.

Uma delas tinha sido encontrada há coisa de 15 dias numa estrada, quase a ser atropelada. Na realidade era um montinho de ossos preto. Meiga, sossegada, porte médio. Não houve amor à primeira vista, mas achámos que ela se poderia enquadrar. Acima de tudo no nosso T2.

Levámo-la para casa, demos-lhe banho, comprámos-lhe uma caminha, coleira, trela e afins e a Princesa Leia lá ficou. Isto sempre com o Pedro a dizer-me que nós eramos só e apenas Padrinhos. No limite, família de acolhimento até ela ser adotada.

Devo-a ter chamado de Leia umas duas vezes. Não saía. Não era natural. Todos os meus bichos têm nomes começados por B. Eu sei...é mania. Mas ela era preta! É obvio que o nome mais natural seria Blacky!

Nos primeiros dias não fez nada. Nem titis, nem totós. Nada! Falei com a associação e veterinário com ela. Depois começou a fazer demais. Gastroenterite. Veterinário novamente. Depois a associação informou que precisava de ser esterilizada. No dia seguinte a cicatriz inflamou. Veterinário outra vez. Tudo isto com o Pedro a dizer, entre os carinhos e toda a atenção que lhe dava, que não podiamos ter mais tempo a cadela, que ela não era nossa, que nós não tinhamos vida para ela.

Mas nesta altura eu já lhe tinha prometido ao ouvido que ela seria minha. Que não a iria abandonar. Ela por sua vez seguia-me o tempo todo. Tentava estar sempre com os dois, e na impossibilidade ficava a meia distância. Percebia-se claramente que havia medo de abandono. Cada vez que tinha que ficar sozinha era dramático. Optámos por colocá-la na cozinha cada vez que saíamos porque como era um espaço menor, sentia-se mais protegida e o nosso soalho flutuante agradecia, porque normalmente sozinha ela descuidava-se...

Em Outubro fomos para a India 16 dias. Já estava combinado que ela ficaria na casa da responsável do abrigo. Voltámos das férias e iria começar a pior altura do ano para mim. O Natal. O Pedro sempre a dizer que era melhor assim, que era da maneira que ela se desabituava de nós.

Em Janeiro quando as coisas começaram a acalmar eu já não aguentava de saudades! Andava triste, chorava à noite. Embora soubesse que no abrigo são incansáveis, imaginava-a sozinha sem mim, triste e cheia de frio.

O Pedro ao ver-me assim disse-me para a ir buscar para passar uns dias connosco. Eu fui. E ela nunca mais voltou!

Hoje em dia, o Pedro e a Mekis Mekis (prós amigos) são completamente apaixonados! É ele que lhe dá banho 2x por semana com um champô especial por causa dos fungos. Foi ele que decidiu que ela ia connosco de férias para os Açores e foi ele que lhe comprou a caixa transportadora, depois de passar imenso tempo na net a pesquisar.

Ela já não faz nada em casa, fica muito mais tranquila quando tem que ficar sozinha (com o gato) e a verdade é que nós tentamos que ela vá connosco para todo o lado, porque ela adora, nós também e ela porta-se lindamente!

É uma bicha super sociável, adora outros animais, adora as minha sobrinhas e posso-vos dizer que estamos muito felizes com este novo membro da família!

Não posso terminar este post sem antes vos dizer que, como vocês sabem, existem muitas outras Mekis a precisarem de alguém que lhes dê carinho e atenção. Alguém que lhes mude a vida e prontinhos para mudar a vossa. Para melhor!

E se por qualquer motivo não puderem tê-los a tempo inteiro, sejam famílias de acolhimento ou padrinhos! Recordo que o esforço financeiro para ter um abrigo/associação abertos é gigante! Só em contas de veterinário...ui!

Por isso ajudem, naquilo que puderem! As Mekis desta vida agradecem!

 

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